quarta-feira, novembro 23, 2011

Balanço Anual... Por Deise Barreto.


Quando somos crianças vivemos a magia do natal de forma diferente de quando adulto.

A cidade ganha cor, a vovó, a mamãe montam a árvore de natal e as que permitem a ajuda dos filhos ou sobrinhos, da mais alegria para esse momento tão esperado para tantas crianças.

Quando muito pequenino tem a crença do papai noel, começa a pensar no que pedir e ficam ansiosos na espera da entrega do presente, da realização de um desejo sobre o sapatinho deixado na janela na noite de natal.

Quando um pouco maior, pensa no fim das aulas e nas tão esperadas férias, por passar dias na casa da vovó, da titia ou simplesmente poder brincar mais, dormir mais ou assistir televisão até mais tarde.

Os adolescentes já pensam nas férias, nos presentes, roupas novas e se poderão ver os amigos (as) ou namoradinhos (as) na noite de natal.

E os adultos?

Quando se torna adulto tudo muda não é mesmo?

Já não se encanta com o colorido da cidade com a mesma intensidade das crianças, embora muitos valorizam as luzes de natal, enfeitam a casa, vão as compras, pensam em quem presentear, enfim, vivem o espírito natalino... Mas, na grande maioria do mundo adulto, as pessoas correm, correm para dar conta do aumento de trabalho, procuram deixar tudo em ordem para ter um tão esperado recesso, pensam nas contas de fim de ano e também nas do início do ano que são muitas.

Têm aqueles que ainda buscam fazer tudo que não fez ao longo do ano, tal como dietas, se matricular na academia, estudar mais o idioma, visitar pessoas queridas, enfim, correm contra o tempo!

Muitas pessoas vêem o fim do ano com temor, se preocupam com o ano prestes a começar, nos deparamos com os pessimistas e otimistas!

Uma vez ouvi uma pessoa dizer... "Não gosto das festas de fim de ano, não gosto de ano novo, porque nunca sei o que pode acontecer neste novo ano"!

Mas, se pararmos para analisar não sabemos o que poderá acontecer daqui algumas horas, amanhã, semana que vem... Não é verdade?

Temer o ano novo, é temer a vida!

Para nós do mundo adulto, após as festas de fim de ano, a vida continua, o trabalho nos espera, nossas obrigações também!

Mas, podemos dizer que ao se encerrar um ano, encerra-se um ciclo e dá-se início a outro, com a chegada do novo ano!


Portanto, aproveite esse restinho de ano para fazer um balanço!

Reflita onde errou e acertou no ano de 2011!

O que agregou... O que os desmotivou...
Pense se as metas colocadas no início deste ano foram atingidas.
Faça uma retrospectiva de tudo de bom e de ruim que aconteceu em sua vida, as surpresas boas, as decepções...

E pense no que deseja para o próximo ano.

2012 está aí, novinho em folha para ti!

Com os erros passados podemos buscar mais acertos!
Definir metas e planos de como obter êxito e atingir tudo que almeja!

Em vez de deixar para fazer tudo que não fez em 2011 neste último mês, planeja fazer tudo que está aí pulsando em ti em todo o tempo que tem pela frente!

O ano no calendário irá mudar e você é o único responsável para fazer acontecer!

Imprevistos, obstáculos, decepções, frustrações fazem parte, mas se tem vontade, força, discernimento e otimismo, tudo pode acontecer!

Desde já te desejo um excelente FIM de 2011 e um INÍCIO de 2012 cheio de sonhos, força e determinação para lutar pela realização destes, que haja amor em tudo que você venha a fazer, que dispenda energia e amor perante a família, aos amigos especiais e queridos, na vida profissional, acadêmica, social, em todas as suas relações!

Que tenha saúde o bastante para lutar pelo que quer, manter o foco e viver a vida real que tem altos e baixos, mas que independente do que possa enfrentar tenha sabedoria para lidar!

Boas Festas!!!

terça-feira, novembro 22, 2011

Cada um dá o que tem! Por Deise Barreto.

Hoje ao conversar com uma amiga na hora do almoço ela expunha o quão complicado é conviver com a sogra sob o mesmo teto...

Não é a primeira vez em que ela reclama da postura da sogra. A mesma não ajuda em nada com os afazeres domésticos embora seja saudável e ainda atrapalha, sujando a casa desnecessariamente, não sendo carinhosa com o neto, fumando nos cômodos internos da casa e se a nora lhe dá conselhos em relação à sua alimentação visando seu bem-estar ela reclama com os filhos que a nora a maltrata.

Claro que não deve ser fácil esse tipo de convivência, afinal de contas um casal casados há poucos anos, com bebê, cheios de sonhos e expectativas frente ao que é construir uma família, acabam se frustrando ao ter que dividir esse novo projeto de vida com alguém que não colabora e não tem bom senso.

Mas, cada um dá o que tem!

Essa senhora embora tenha saúde, uma vida pela frente, não vive, ela sobrevive. Ela fuma em demasia, come o que prejudica sua saúde, ou seja, vive uma pulsão de morte, parece que nada lhe agrada ou agrega. Nada a motiva sorrir, viver bem e feliz! Não sabemos as razões que a levou tornar-se assim, nem nos cabe julgarmos ou criticá-la. Mas, penso que ao nos depararmos com situações assim, podemos reverter o quadro, mudando, sendo a mudança que desejamos no outro!

Muitas vezes queremos que o indivíduo se transforme no que desejamos que ele fosse. Que os familiares, amigos, parceiros sejam mais compreensivos, educados, amáveis, mas o que fazemos para obter isso?

Será que se nos tornarmos mais compreensíveis, mais educados, mais amáveis, mais tolerantes não obteremos uma mudança no ambiente em que estamos inseridos?

Isso não significa se tornar passivo, mas mostrar com suas atitudes uma forma melhor de viver e conviver.

Se alguém só consegue resolver um assunto contigo gritando e gesticulando, e você ao contrário conversa olhando nos olhos e falando num tom de voz baixo, o interlocutor automaticamente vai baixando seu tom de voz porque ficará constrangido diante de tamanha discrepância.

Não podemos mudar o mundo, nem ninguém, mas podemos melhorar nossas atitudes e fazer a diferença na relação, seja, qualquer tipo de relação!

quinta-feira, outubro 27, 2011

XXXII JORNADA DE PSICOSSOMÁTICA E PSICOLOGIA HOSPITALAR DA PUC/SP

XXXII JORNADA DE PSICOSSOMÁTICA E PSICOLOGIA HOSPITALAR DA PUC/SP

DESAFIOS PSICOTERAPÊUTICOS EM PSICOSSOMÁTICA

10 NOVEMBRO 2011

8:30 às 17:00h

Local: COGEAE Consolação - PUCSP
Rua da Consolação, n.881, andar térreo – Auditório 2 (em frente ao Mackenzie).
*inscrições gratuitas, somente através de email (jornadapsicossomatica@yahoo.com.br).
*vagas limitadas.
*o encerramento das inscrições será às 24hs do dia 07 nov.
*os certificados serão entregues aos participantes no local do evento.

8.30hs Início do evento - Mesa de apresentação
9 às 10 hs Dr. Sérgio Betarello: Tema: “Doença, saúde e liberdade”
Coordenadora mesa: Drª Ceres Araujo
10 às 11 hrs - Discussão e perguntas.
11 às 12 hs - Dr. Carlos Briganti: Tema: "Psicossomática: uma ponte?"
Coordenadora de mesa: Drª Denise Ramos
12 às 13hrs - Discussão e perguntas
13hs - Intervalo para almoço
14.30hs às 15.30 hs - Dr. Gino Ferri: Tema: “A relação do objeto no tempo e no corpo”
Coordenadora de mesa: Drª Edna Kahhale
15.30 às 16.30hs - Discussão e perguntas.
16.30hrs - Lançamento: “Psicopatologia e o caráter: corpo na psicanálise e a psicanálise no corpo”.

OBS: Para realização da inscrição é necessário enviar:
Nome completo; Email para contato; Instituição de Ensino/Trabalho e Ocupação/Profissão.

Grata,
Comissão Organizadora.

terça-feira, outubro 11, 2011

Fábula: Águia e a Galinha.


Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, no início deste século, quando se davam os embates pela descolonização.

“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.
Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha.
Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.
Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
- De fato, disse o homem.- É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.
- Não, retrucou o naturalista.- Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não, tornou a insistir o naturalista. – Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.
Sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.
O camponês sorriu e voltou a carga:
- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!
- Não, respondeu firmemente o naturalista. – Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.
Foi quando ela abriu suas potentes asas.
Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.
Voou. E nunca mais retornou.”
Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas. E ainda até pensamos que somos efetivamente galinhas. Porém é preciso ser águia. Abrir as asas e voar. Voar como as águias. E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.

Extraído de artigo publicado pela Folha de São Paulo, por Leonardo Boff, teólogo, escritor e professor de ética da UERJ.


Desejo uma vida de boas mudanças!

Implicações Psicanálise e Sociedade - SEDES SAPIENTIAE


Implicações - Psicanálise e Sociedade
Data: 22/10/2011

Organização: Departamento Formação em Psicanálise

sexta-feira, agosto 26, 2011

27/08 – Dia do Psicólogo ::Parabéns Psicólogos (as)::



*Ser Psicólogo*

Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.
Não apenas isso é também uma notável dádiva.
Desenvolvemos o dom de usar a palavra, o olhar, as expressões e até mesmo o silêncio.
A capacidade de tirar lá de dentro o melhor que temos para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.

Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.
Mas não apenas isso é também um grande privilégio.
Pois não há maior que o de tocar no que há de mais precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo, seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.

Somos psicólogos e trememos diante da constatação de que temos instrumentos capazes de favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.
Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.

Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar, ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem.
Mesmo na contra-esperança, esperar.
E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra, do conselho, da minha sinalização.
Que as lágrimas que diante de mim rolarem, pensamentos, declarações e esperanças testemunhadas,sejam segredos que me acompanhem até o fim.

E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.
O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que não
tinha com quem contar para dividir sua solidão, sua angústia, seus desejos.
Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo descobrir que isso só começa quando a gente consegue realmente se conhecer e se aceitar.

...

Parabéns Colegas pelo nosso dia!
Embora as adversidades sejam muitas ainda, não percamos a essência do nosso propósito enquanto profissional da saúde, da psicologia e que tenhamos como idéia fundamental o que o Jung escreveu com simplicidade, mas foi muito feliz nesta citação:
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. (Carl Gustav Jung).

segunda-feira, agosto 08, 2011

O homem e suas disfunções sexuais.


Sexualidade Masculina

Em tempos passados as traições masculinas eram vistas como sinal de virilidade. Vivenciando as quatro etapas funcionais: excitação, ereção, penetração e ejaculação.

A partir de 1970 as feministas com suas críticas fizeram os homens reverem seu comportamento. E isso também contribuiu para que as mulheres se tornassem mais exigentes na escolha do parceiro, pois não esperavam apenas um bom desempenho sexual, mas também envolvimento afetivo e sexual, o que a princípio foi muito complicado para eles que tiveram uma educação baseada na questão que homem não chora, homem não demonstra sentimento. Levando a construir uma imagem deles de que estão sempre pronto para a atividade sexual e desconsiderando momentos difíceis e conflitantes dos mesmos.

Isso é nítido diante da escuta clínica, onde muitas mulheres acham inadmissível a falta de vontade do homem quando elas os procuram, pois ainda é muito viva a questão de que a mulher precisa das preliminares para se sintonizar e ceder ao sexo, e os homens não, bastam um beijo para excitá-los. O que em parte é real, mas não podemos deixar de lado, que os homens também têm seus momentos de ansiedade, insegurança e preocupação.

Vale ressaltar que com as mudanças ocorridas no mundo contemporâneo e o homem deixando de ser o único provedor da família, e nem sempre o principal acarretou crises de identidades masculinas segundo cientistas sociais.

Os homens se deparam atualmente com mulheres inteligentes, bem sucedidas, que sabem o que querem e não dependem mais deles. As mulheres hoje os procuram e muitas parecem insaciáveis na cama, o que acaba assustando e os deixando confusos, deixando os com medo de como seu desempenho será avaliado, comparado e/ou até comentado.

Segundo França (2005), “tantos homens perdendo o desejo, enquanto as mulheres demonstram os seus”.

As disfunções sexuais masculinas é um problema que ocorre há anos, e a resistência deles em busca de tratamento continua grande. Desde 1998 com o início da comercialização do famoso ‘Viagra’, acabou contribuindo para a redução da busca por análise. No entanto, isso foi revertido logo, pois os usuários da pílula masculina perceberam que estavam resolvendo os problemas em parte, e negligenciando os problemas psicológicos associados.

As disfunções sexuais masculinas mais frequentes são:
- Disfunção erétil
- Distúrbios da ejaculação (ejaculação precoce, ejaculação retardada, anejaculação e ejaculação retrógrada)
- Anorgasmia

Disfunção erétil, que substituiu o termo impotência sexual. A disfunção erétil pode ser de etiologia orgânica ou psicológica. Os fatores psicológicos mais comuns são: perda da autoestima, problemas de relação conjugal, insegurança em relação ao desempenho sexual, ansiedade, depressão, doenças psiquiátricas e também desconhecimento básicos sobre a sexualidade.
Problemas orgânicos, uso contínuo de tabagismo e alcoolismo também interferem de forma significativa.
Ejaculação precoce, disfunção geralmente de fundo psicológico, onde o homem ejacula antes do desejado e em muitos casos com uma estimulação mínima sexual, antes, durante ou após a penetração vaginal. A ansiedade acaba interferindo muito, hoje a medicina utiliza medicamentos buscando minimizar esse quadro, mas é necessário lidar também com as questões emocionais relacionadas.
O início da vida sexual parece ter muita influência, inclusive quando os adolescentes não têm locais e tempo para a realização da atividade sexual, e precisam fazer as pressas com receio dos pais chegarem ou quando estão em locais inapropriados onde não podem ter maior intimidade e focarem apenas no que estão fazendo naquele momento, deixando de se preocupar com os estímulos externos.
Ejaculação retardada, é um quadro mais raro de acontecer, levando-se em consideração que um coito normal leva em torno de 3 a 20 minutos, na ejaculação retardada o homem pode permanecer de meia hora a duas horas com ereção prolongada sem que consiga ejacular. Ou seja, há uma dificuldade em ejacular durante a atividade sexual.
Muitos autores consideram a ejaculação retardada como um distúrbio do desejo, mas pode estar associado ao uso de maconha e outras drogas, a quadros depressivos, fantasias inconscientes, desejos homossexuais, sentimento de culpa, medo de gravidez, medo de perder a virilidade, ressentimento com a parceira, preocupação com o tamanho do pênis.
Anejaculação, ausência de ejaculação, ocorrem às sensações orgásticas normais, porém sem a expulsão do sêmen. Segundo França (2005) “[...] o sêmen não é produzido, ou quando os canais que conduzem o fluido seminal do testículo estão ocluídos”. Como causas orgânicas podem ter lesões anatômicas congênitas do sistema genito-urinário, as lesões da medula espinhal e as lesões dos gânglios simpáticos lombares.
Ejaculação retrógrada, o sêmen também não é expelido, e sim disparado para dentro da bexiga, e não pela uretra. É resultante da incompetência de fechamento do colo vesical durante a ejaculação. Qualquer condição que altere a inervação simpática do colo vesical pode causar ejaculação retrógrada, como por exemplo, diabetes mellitus, cirurgias retroperitoneais, cirurgias no colo vesical, ressecção transuretral da próstata ou lesão medular. Algumas medicações também resultam em ejaculação retrógrada, as mais comuns são os antipsicóticos e alguns antihipertensivos. O diagnóstico é realizado com a pesquisa de espermatozóides na urina após uma ejaculação.
Anorgasmia, há a ejaculação, mas ocorre a ausência da sensação de prazer orgásmico.

Todas essas disfunções podem ser tratadas por um profissional ético e competente, o que é de etiologia orgânica requer um acompanhamento com o urologista e o que compete a fundo emocional, o ideal é a busca por um profissional onde você se sinta a vontade para falar a respeito e trabalhar os conteúdos que o impedem de viver sua sexualidade de forma satisfatória.

Deise Barreto.

Bibliografia:
França, Cassandra Pereira. Disfunções Sexuais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

Sexualidade e suas disfunções.


Quando lemos os escritos de Freud sobre a sexualidade muitos acham que não faz sentido em pleno século XXI levar em consideração tais colocações feitas por ele naquela época devido à repressão sexual. No entanto, embora hoje haja uma ‘liberdade sexual’ não deixa de ter repressão e problemas de origem sexuais. “Afinal, estamos na era do prazer, e fica subentendido ser obrigatório, independentemente de quaisquer contingências, terem orgasmos múltiplos e ereções por horas a fio” (França, 2005).

Infelizmente ainda a procura de mulheres e homens para buscarem ajuda diante das dificuldades sexuais são raras.

A autocobrança está demasiada... “É o excesso de sexualização veiculado pela mídia, e recebido passivamente pelos pequenos telespectadores, um dos principais instrumentos capazes de provocar uma excitação difícil de ser dominada e por isso fortemente traumática” (Sigal, 2001).

O homem se encontra fragilizado buscando ir além do que é capaz para provar para si mesmo e para as parceiras uma alta performance por se sentir angustiado ao temer que a amiga, colega ou ‘ficante’, narre seu desempenho para o grupo. Por outro lado as mulheres temem se despir sem que seu corpo esteja de acordo com que a mídia propaga como ideal da mulher gostosa, muitas investem no próprio corpo almejando obter o ideal que vêem nas tais mulheres frutas que fazem sucesso pelas suas formas, falta de celulites ou estrias.

Muitos jovens, sejam homens ou mulheres, acham vergonhoso assumirem que desejam uma relação estável e duradoura, os homens se cobram se não levam a mulher para o motel no primeiro encontro, sendo que muitos desejavam um passeio a um parque ou um cinema com pipoca. Vemos pessoas deixando a espontaneidade de lado, porque não querem ser passar como caretas.

França (2005), em algumas entrevistas realizadas para seu trabalho pôde constatar que a partir dos anos 1950, houve uma cobrança muito grande de desempenho, de orgasmo, principalmente das próprias mulheres, mas, ainda hoje, apesar da sexualidade da mulher brasileira ser muito mais liberal do que a da mulher argentina ou alemã, por exemplo, há um nível muito alto de repressão, desinformação e falta de conhecimento do próprio corpo.

Embora muitos não param para pensar a respeito ainda há muita repressão no que diz respeito ao sexo. Atualmente a vida sexual tem início precocemente, antes mesmo de conhecer o próprio corpo, pulam etapas inclusive na intimidade sexual com o (a) namorado (a). Muitas mulheres desconhecem a diferença entre falta de libido e orgasmo, e tem ainda a dúvida de se realmente obteve o gozo, pois esperam uma ejaculação tal como a que o homem tem.

Cada mulher tem um orgasmo de uma forma, embora seja ainda a minoria que chegam ao mesmo. O desconhecimento do corpo, do que lhe dá prazer acaba impedindo que se obtenha o mesmo no ato sexual. As mulheres funcionam diferentemente dos homens, e hoje em dia vários fatores acabam influenciando no rebaixamento da libido nas mulheres. Tais como:
- Pós-parto (dificuldade da mulher se ver como a mãe que goza);
- Decepções com parceiro;
- Uso de anticoncepcionais;
- Problemas profissionais ou financeiros;
E têm os parceiros com baixa de desejo ou ejaculação precoce, que se sentem envergonhados pela ‘sua impotência’ e acabam evitando contato com a parceira com receio de não satisfazer a mesma e ser tachado como ‘menos homem'.

Muitos homens que acha injusto não ter a certeza de que a parceira esteja excitada, pois a excitação dele é visível e a dela não.
Não mesmo?
Se realmente estiver em sintonia, observar tem sim como perceber se a parceira está lubrificada, está excitada... Falta diálogo.

Os ginecologistas e sexólogos se deparam com mulheres vivenciando: frigidez, anorgasmia, vaginismo e dispareunia. Termos circunvizinhos.
Frigidez: Sinônimo de responsividade sexual falha.
Anorgasmia Feminina: Dificuldade em atingir o orgasmo. Em sua etiologia encontramos frequentemente, as de ordem psicológica, derivada de educação sexual repressora, promovendo associações entre sexo, pecado, nojo e imoralidade.
Vaginismo: Temor ao ato sexual. Fatores etiológicos: educação sexual repressora, formação religiosa severa, homossexualidade feminina, trauma sexual anterior entre outros.
Dispareunia: Na origem grega – má união. Dor durante ou após a penetração vaginal. Fatores psicogênicos: autopunição por repressão educacional ou por relacionamento extraconjugal; conflitos de identidade sexual, quadros fóbicos (fobia de gravidez, dor ou doenças), relacionamento desgastado entre outros.

É necessário que nós profissionais estejamos atentos e tenhamos tato para entrar nessa área que “faz parte da boa educação e bom funcionamento superegóico não especular pelas intimidades alheias” como disse França em seu livro sobre disfunções sexuais.

E as mulheres e homens que passam por essas disfunções buscarem abertura sejam com ginecologista, urologista ou psicólogo, pois anorgasmia, ejaculação precoce e todas as disfunções por fatores psicogênicos, estão associadas à repressão sexual sofrida, desinformação...

Buscar ajuda é o primeiro passo para uma vida sexual mais feliz e satisfeita!

Deise Barreto.

Bibliografia:
França, Cassandra Pereira. Disfunções Sexuais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

quinta-feira, agosto 04, 2011

Os Movimentos de Subjetivação nas configurações Familiares Atuais - 26 e 27/08 (Sedes Sapientiae).

Você que se interessa por Psicanálise, conhece Karen Horney?


ARTE EM HUMANOS RECURSOS convida para um encontro singular: a pré-estréia do projeto PARA CONHECER. Nessa ocasião, apresentando KAREN HORNEY, uma protagonista polêmica no mundo da psicanálise.

Poucos ouviram falar das suas contribuições, controvérsias e embates com a teoria Freudiana.

A apresentação caberá aos dois produtores executivos do Projeto "PARA CONHECER", Rubens Riveras Valverde e Heidi R. N. Riveras, professores e psicólogos que viajaram para Europa e Estados Unidos em busca dos locais, documentos, curiosidades e depoimentos para montar um roteiro onde a teoria e a personalidade de cada retratado se misturam, resultando em quadro rico, repleto de possibilidades para a construção de novos pensamentos.

Após a apresentação será aberto um espaço para debate e confraternização.

Imperdível. Faça sua inscrição até dia 15 de agosto.

Equipe AHR
www.arteemhumanosrecursos.com.br

terça-feira, agosto 02, 2011

QUEM É O SEU AMANTE? Por Jorge Bucay


" Muitas pessoas tem um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não tem, e as que tinham e perderam".
Geralmente, são essas últimas que vem ao meu consultório, para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia,
apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:
"Depressão", além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.

Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas"?!
Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte:

"AMANTE" é aquilo que nos "apaixona", é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono, é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.

O nosso "AMANTE" é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso "AMANTE" em nosso parceiro, outras,
em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores
paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto....

Enfim, é "alguém!" ou "algo" que nos faz "namorar a vida" e nos afasta do triste destino de "ir levando"!..
E o que é "ir levando"?
Ir levando é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante,
observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão, de que talvez possamos realizar algo amanhã.

Por favor, não se contente com "ir levando"; procure um amante, seja também um amante e um protagonista DA SUA VIDA!

Acredite: O trágico não é morrer, afinal a morte tem boa memória,
e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é desistir de viver...
Por isso, e sem mais delongas, procure um amante... A psicologia após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:

"PARA ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA".

Jorge Bucay nasceu em Buenos Aires, em 1949. É psiquiatra e psicoterapeuta e exerce a sua profissão na Argentina, no México e em Espanha, dirigindo cursos de psicologia da vida quotidiana bem como grupos de reflexão para empresas e particulares. É autor de nove livros com um grande sucesso de vendas em Espanha e na América Latina, de entre os quais se destacam Deixa-me Que Te Conte, Contos para Pensar, Cartas para Cláudia, Amar de Olhos Abertos e Conta Comigo, todos publicados pela Pergaminho, e que venderam já mais de dois milhões de exemplares em todo o mundo. Quando é confrontado com o enorme sucesso da sua obra, Jorge Bucay responde: «Escrevo apenas livros para pensar.»

quinta-feira, julho 28, 2011

Você sente remorso quando está ‘a toa’?


Se respondeu com um sim a pergunta acima, eis um sinal que merece atenção.

Ultimamente venho ouvindo no dia a dia e também de pacientes no consultório que eles têm pouco tempo para dar conta de muitas coisas.

As mulheres, inclusive, com o fato da maioria atualmente se dividirem entre mãe, esposa e profissional, vive o seu dia pensando em tudo que precisa fazer, o relatório para o chefe, a apresentação dos resultados para a reunião de mais tarde, comparecer a reunião do filho na escola, ao sair de lá buscar a filha no curso de idiomas, passar no mercado para comprar algo para o jantar e ainda deve lembrar-se de cuidar do cabelo e unhas, pois no dia seguinte tem um evento importante!

E se a mulher não é casada, nem mãe, têm aquelas que se dividem em dois empregos, estuda, malha, namora, cuida da família entre outras atividades...

Não que o homem também não se veja ‘atolado’ de tarefas, mas percebo que as mulheres no geral vivem mais estressadas com tudo que precisa dar conta, até porque embora hoje elas estão inseridas no mercado de trabalho e muitas até atingiram o seu objetivo de se ver tratada de ‘igual para igual’, o que seria outra discussão esse tema... Bom, voltando... a mulher tende a se cobrar muito, em provar que da conta, que sabe fazer bem feito tudo que se compromete a fazer e sabemos que acaba fazendo mesmo!

A cobrança maior é de si própria!

Mas, segundo uma pesquisa recente feita pela PUC-Campinas, muita gente tem vivido a síndrome da pressa.

As pessoas desejam que o dia tenha mais horas para poder conseguir concluí-lo com a sensação de missão cumprida. Num post anterior cheguei a discorrer sobre isso... Não será o fato do dia ter 30 horas ao contrário de 24 que fará com que a pressão interna acabe! Pois, quanto mais tempo livre que vir a ter, mais autocobrança fará e logo encontrará mais tarefas para executar.

Na pesquisa da PUC-Campinas foi perceptível que o comportamento existe entre ambos os sexos.

Então caro leitor se você vive ansioso, apressado, termina o dia insatisfeito por não ter feito tudo que pretendia, deita na cama e fica pensando, programando o dia, semana, mês seguinte, logo terá noites, dias conturbados em meio a tanta cobrança, o que acaba influenciando nas necessidades básicas fisiológicas, tais como: boa noite de sono e alimentação equilibrada, também no lazer, descanso e logo sua saúde estará mais afetada!

Se está sem fazer nada no dia de folga e fica com remorso por estar a toa, preste bem a atenção a esse sinal e cuide de ti, que és o bem mais precioso! Sem cuidados, sem descanso, não será possível executar nada de forma eficaz e gratificante!

Pense Nisso!

Deise Barreto.

terça-feira, julho 26, 2011

O que é resistência em Psicanálise? Por Lucas Napoli.

Sigo o blog do Lucas Napoli, adoro os artigos dele e ele foi muito feliz neste sobre resistência. Vale a pena conferir!


Conservo na memória lembranças muito divertidas da minha época de estudante de Psicologia. Uma delas tem a ver precisamente com a noção que tentarei explicar neste texto.

Quando ficou claro para a maior parte de meus colegas que eu escolhera peremptoriamente a teoria psicanalítica como método de compreensão e intervenção nos fenômenos psicológicos, aqueles que haviam feito a opção por outras linhas de trabalho se alegravam de maneira sarcástica em me provocar com a sentença mordaz: “Isso deve ser resistência.”. Subliminarmente, objetivavam com isso dizer que o conceito de resistência era uma espécie de desculpa esfarrapada utilizada pelos analistas para se preservarem quanto à responsabilidade por seus fracassos terapêuticos. Em outras palavras, o argumento de meus colegas era o de que, por exemplo, todas as vezes que um paciente não quisesse continuar um processo analítico, o analista estaria isento de responsabilidade quanto a isso, pois a motivação para a evasão do paciente seria sua resistência ao tratamento. Como eu não tenho nenhum compromisso com a “preservação” da psicanálise – pois eu apenas utilizo o ensino de Freud e dos demais autores; não os cultuo – não procurava defender-me daqueles irônicos ataques. Pelo contrário, a ignorância ressentida de meus colegas me fazia dar boas gargalhadas. De fato, o que eles diziam não era totalmente falso.

Muitos analistas se refugiam no conceito de resistência para se defenderem do reconhecimento das próprias falhas. No entanto, obviamente essa não é a regra. Na maioria das vezes, os analistas fazem uso apropriado do conceito que, como veremos abaixo, serve para caracterizar uma série de eventos em análise que manifesta um fenômeno paradoxal descoberto por Freud.

A resistência como parteira da psicanálise


Apesar de Lacan não ter considerado o conceito de resistência como fundamental – para ele, os quatro conceitos fundamentais da psicanálise eram inconsciente, pulsão, transferência e repetição – Freud dizia que a condição teórica para que alguém pudesse ser reconhecido como psicanalista seria o reconhecimento, no tratamento, da existência dos fenômenos da transferência e da resistência. Por que o pai da psicanálise considerava o discernimento da resistência como elemento necessário para um tratamento genuinamente psicanalítico?

Porque foi o reconhecimento da resistência o pivô da transformação do método catártico em método psicanalítico. O leitor versado na história da psicanálise sabe que Freud utilizou dois métodos terapêuticos antes de inventar a psicanálise: a hipnose e a catarse. Em ambos, o princípio que guiava o trabalho do médico era o mesmo: fazer sair do paciente os venenos psíquicos que estavam na gênese de seus sintomas. Esse procedimento efetivamente funcionou durante algum tempo, mas logo Freud se apercebeu de que ele não era suficiente. Isso aconteceu por uma razão no mínimo paradoxal: os pacientes não queriam por seus venenos para fora!

O aparelho psíquico parecia funcionar de uma maneira distinta do corpo. Enquanto o organismo se esforça para expelir através de vômitos, diarréia e outros sintomas uma substância tóxica ingerida, o psiquismo parecia apresentar uma… resistência a livrar-se de seus conteúdos venenosos. Ao discernir essa curiosa característica do aparelho psíquico, Freud abandona a hipnose e o método catártico, pois percebe que não adiantava forçar a barra e tentar quebrar a resistência brutalmente. Era preciso criar um método capaz de compreender por que há resistência, de modo a “convencer” o aparelho psíquico a renunciar a ela. Nasce, assim, o método psicanalítico.

Por que há resistência?

Aplicando a psicanálise, Freud descobre de fato as razões pelas quais o aparelho psíquico resiste a lançar para fora seus conteúdos tóxicos. Trata-se da descoberta da divisão subjetiva. Diferentemente do organismo, o psiquismo não é uno, não é integral. Pelo contrário, é dividido, fragmentado, de modo que aquilo que em uma esfera psíquica é reconhecido como veneno, em outra é tido como uma saborosa sobremesa. Essa ambivalência e ambigüidade amiúde não são reconhecidas pelo sujeito, pois seus sintomas mantêm tudo numa homeostase doentia. Em outras palavras, o sujeito “conserva” sua inteireza psíquica à custa de sua doença. A ação do psicanalista vai na contramão desse processo. A análise vai levar o paciente à constatação de que seus sintomas são, na verdade, a manifestação patológica, doentia, sofrida de um desejo que não pôde ser reconhecido, que não pôde ser encarado de frente. Em suma, a análise vai levar ao paciente à compreensão de que ele não sabe nem a metade da missa que é; vai levá-lo ao reconhecimento de que é um ser ambíguo, ambivalente, dividido, radicalmente distinto daquele ser inteiro e consciente que acreditava ser. Nesse processo, o analisante vai descobrir coisas não muito agradáveis a respeito de si. Aliás, o próprio fato de constatar o desconhecimento em relação a si mesmo já é profundamente angustiante. A análise o levará ao reconhecimento de pulsões que jamais esperaria encontrar em si, de modo que ele será levado a admitir que os venenos psíquicos dos quais quer se livrar são, na verdade, preciosidades que guarda com muita satisfação…

Pois bem, ninguém se livra de preciosidades sem impor alguma resistência. E não importa se essas preciosidades matam. Todos os toxicômanos estão aí para testemunhar a veracidade dessa afirmação. O analista é aquele ser filho do desejo de Freud que quer trazer essas preciosidades venenosas à luz, tirá-las das caixinhas em que as guardamos. Mas nós não queremos a luz. Temos medo de reconhecer para nós mesmos que somos colecionadores dessas preciosidades. Temos medo do que nós podemos pensar sobre nós mesmos: “O que o meu ego dirá quando eu lhe mostrar essas preciosidades?”

É por esse medo que as guardamos no sótão da alma. É por esse medo que resistimos, medo de experimentar essa angústia de reconhecer que minhas preciosidades não serão reconhecidas como tais por todos os pedaços de mim que me habitam.

Lucas Nápoli é psicanalista, graduado em Psicologia pela Universidade Vale do Rio Doce (Univale) e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Blog: http://lucasnapoli.wordpress.com/

segunda-feira, julho 18, 2011

Grupo de Estudo sobre a teoria kleiniana, iniciando pelos princípios básicos da obra de Freud, que fundamentaram as idéias de Melanie Klein.


Início:
05/08/2011 - Horário: sexta-feira das 10h:30 às 11h:30hs
Número de vagas: 05
Informações pelo tel.: 2441-0043 ou 2295-0579
Local: Rua Dr. Epitácio Pessoa, 456-Jd. Sta. Francisca, Guarulhos
Coordenação: Liegem Acioli Gritti. Psicóloga, Psicanalista pelo Instituto Sedes Sapientiae. Especialista em Psicoterapia Psicodinâmica Infantil pelo Instituto Sedes Sapientiae. Especialista em Psicoterapia Psicanalítica pela USP. Mestre em Psicologia da Saúde. Membro fundador do Setting Estudos em Psicanálise.

sexta-feira, julho 15, 2011

CURSO: DEPRESSÕES (27/08 a 08/10/2011).


Os tipos e causas das depressões são múltiplas e diferentes. Estudos mais discriminados das formas clínicas deste tipo de sofrimento humano foram feitos por vários autores como Winnicott, Pierre Fédida, Julia Kristeva, Antonio Marcos de Coimbra entre outros, que a partir de suas experiências clinicas nos legaram novos matizes para os postulados originais de Freud e Melanie Klein.

Tendo em vista que a depressão é considerada a quinta maior questão de saúde pública do mundo, este desafio que a nova psicopatologia representa para a clínica psicanalítica atual é muito grande.
Este curso tem a intenção de transitar no caminho que vai de Freud a Winnicott, da clínica à teoria e da teoria à clínica.

Inicio: 27/08/2011 - Término: 08/10 /2011
Horário: sábado das 12 às 14hs
Número de vagas: 20
Custo:
Estudantes: 4 parcelas de R$ 100,00
Profissionais: 4 parcelas de R$ 130,00

Informações pelo tel.: 2441-0043 das 13h às 20h.
Inscrições no local: Rua Dr. Epitácio Pessoa, 456-Jd. Sta. Francisca - Guarulhos - SP.
Carga horária: 12h

Coordenação: Liegem Acioli Gritti. Psicóloga, Psicanalista pelo Instituto Sedes Sapientiae; Especialista em Psicoterapia Psicanalítica de Crianças pelo Instituto Sedes Sapientiae; Especialista em Psicoterapia Psicanalítica pela USP; Mestre em Psicologia da Saúde. Membro fundador do Setting Estudos em Psicanálise.

quarta-feira, julho 13, 2011

Meu filho, você não merece nada. Por ELIANE BRUM.


A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada.

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.


Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.


Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.


Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.


Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.


É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?


Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.


Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.


Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.


A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.


Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.


Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.


Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.


Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.


O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.


Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.


Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.


Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.


Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.


(Eliane Brum escreve às segundas-feiras na Revista Época.)
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca

ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
E-mail: elianebrum@uol.com.br
Twitter: @brumelianebrum

quarta-feira, julho 06, 2011

As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo...


Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.

As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.

São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.

Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.

Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.

Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!

Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.

Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.

Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.

A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!

E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.

São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.

A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.

Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.

Autoria de Rubem Alves (extraído do livro "O amor que acende a lua", de Rubem Alves - Editora Papirus).

quinta-feira, junho 30, 2011

PSICOTERAPIA E/OU MEDICAÇÃO? COM DR. ALFREDO SIMONETTI.

Setting – Estudos em Psicanálise
(Registro no Conselho Regional de Psicologia -CRP/SP- PJ 2628 - CNPJ 05.387.475/0001-04).


CURSO: PSICOTERAPIA E/OU MEDICAÇÃO? COM DR. ALFREDO SIMONETTI.

Frequentemente, em nossa prática clínica, nos defrontamos com sofrimentos humanos que nos obriga a pensar em muitas questões que nos coloca direta e profundamente diante de uma postura ética. Algumas dessas questões são: em que momento precisamos indicar para o paciente um tratamento medicamentoso? Diante de que tipo de sofrimento? Qual é o nosso objetivo? Aumentando o número de sessões semanais, o paciente pode abrir mão dos remédios? Em que caso seria útil para o paciente a associação dos dois tratamentos, psicoterápico e medicamentoso? Sobre estas e muitas outras questões poderemos conversar com o psiquiatra e psicanalista Dr. Alfredo Simonetti.

Datas: 10 e 24 de agosto de 2011.
Horário: Das 19:30 ás 21hs.
Investimento: R$ 60,00
Informações pelo tel: (11) 2441-0043
Vagas Limitadas


Local: Rua Dr. Epitácio Pessoa, 456, Jd. Santa Francisca, Guarulhos.

quarta-feira, junho 22, 2011

I Congresso de Psicologia da Prefeitura de Guarulhos - “A Psicologia, as Políticas Públicas e as interfaces do Cuidado”



Data: 24, 25 e 26 de Agosto de 2011.

Local: Centro Educacional Adamastor - Av. Monteiro Lobato, 734 – Macedo (Próx. A Ponte Cidade de Guarulhos.

INSCRIÇÕES PARA O CONGRESSO:

As inscrições deverão ser realizadas através do site: http://eventos.guarulhos.sp.gov.br no período de 10 de junho a 22 de agosto de 2011.

Nº: de Vagas: 500

ENVIO DE TRABALHOS (Restrito aos psicólogos, psicólogas e respectivas equipes que atuam na Prefeitura de Guarulhos).

Data do envio: 10.06.11 a 30.06.2011.

MAIS INFORMAÇÕES: Telefone: 2472.5008
E-Mail: congressodepsicologia@guarulhos.sp.gov.br

Não tenho IDADE Tenho VIDA!


A velhice existe?
Alguns de nós envelhecemos, de vez, porque não amadurecemos.
Envelhecemos quando nos fechamos a novas idéias e nos tornamos radicais. Envelhecemos quando o novo nos assusta .
Envelhecemos também quando pensamos demasiado em nós mesmos e nos esquecemos dos demais.
Envelhecemos se deixamos de lutar.
Todos nós estamos matriculados na escola da vida, onde o Mestre é o Tempo. A vida só pode ser compreendida se olharmos para trás. Mas só pode ser vivida se olharmos para frente.
Na juventude aprendemos; com a idade compreendemos…
Os homens são como os vinhos: A idade estraga os ruins, mas aprimora os bons.
Envelhecer não é preocupante. Ser visto como um velho é.
Envelhecer com sabedoria não é envelhecer.
Nos olhos do jovem arde a chama, nos do velho brilha a luz.

Sendo assim, não existe idade, somos nós que a criamos.
Se não crês na idade, não envelhecerás até o dia de sua morte.
Pessoalmente, eu não tenho idade: tenho vida!
Não deixes que a tristeza do passado e o medo do futuro te estraguem a alegria do presente.
A vida não é curta; são as pessoas que permanecem mortas tempo demasiado.
Faça da passagem do tempo uma conquista e não uma perda.

Desconheço a autoria, mas acho válido para uma boa reflexão!
Bom amadurecimento para todos!!!

terça-feira, junho 21, 2011

A Descoberta maior do mundo, por Deise Barreto.

Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. (Antoine de Saint-Exupéry).


A vida das borboletas começa com os ovinhos.
Uma borboleta é capaz de pôr até 500 ovos, do tamanho da cabeça de um alfinete.
Depois de pôr os ovos, a borboleta morre.
Do ovo, posto numa folha de árvore, nasce uma pequena larva que se alimenta comendo as folhas onde se encontra. A medida que vai comendo, vai crescendo, até transformar-se numa lagarta que começa a produzir uns fios de seda parecidos com uma teia de aranha.
Um por um ela vai tecendo esses fios até formar um casulo que fica pendurado num galho.
A lagarta fica dentro deste casulo, que mais parece uma folha seca e morta, pendurada, pronta para cair. Durante este período, ela vai se transformando, ate que, após duas ou três semanas, algo estranho começa a acontecer. O casulo vai sendo rompido, e dali sai uma linda borboleta, movendo todas as partes do seu corpo, para conseguir se libertar.
A lagarta, enquanto estava encolhida no seu casulo, deixou-se transformar numa borboleta para continuar a vida. A borboleta, bela, colorida, cheia de vida, vai, como que em forma de dança, voando de flor em flor, misturando-se com o colorido e a vida das flores. Como se não bastasse a vida que ela representa, ainda promove a vida, pois na dança, à procura do néctar, a borboleta facilita o contato entre as plantas, realizando a polinização. (Desconheço autoria).

A maioria das pessoas se admiram frente a beleza das borboletas e para muitos elas são um símbolo de transformação.

Nós seres humanos somos potencialmente seres em constantes transformações, mudamos o tempo todo, mudamos diariamente.

Se hoje você pegar um livro que leu anos antes com certeza apreciará a leitura com outra visão, com um novo ponto de vista.

Muitos se surpreendem quando se deparam com mudanças de opiniões do parceiro, de um familiar ou de um amigo, dependendo da circunstância ainda questiona se o indivíduo não está sendo contraditório.

Mas, se somos seres que vivem em constante transformação, logo é natural estarmos mudando em todos os aspectos. Correto?

Lugares, filmes, livros, músicas são admirados de formas diferentes cada vez que são 're-visitados'...

Agora pensando no AUTOCONHECIMENTO...

Muitos indivíduos quando buscam o processo de análise para atingir o autoconhecimento, chegam com pressa, como se acreditassem que existe uma 'bula' ou 'manual de instruções' para obter o que tanto almeja de forma rápida, prática e objetiva.
Mas, quando dizem que somos seres complexos, não é mentira... É a mais pura verdade!
Somos complexos demais, mas quando nos permitimos entrar em contato com o nosso mundo interior, tirar o véu que encobre a nossa visão, quebrar as resistências que nos colocam obstáculos, começamos a percorrer um longo caminho, caminho este que acontece de dentro para fora...
Voltamos as esferas tão distantes e desconhecidas.

O que somos hoje é um conjunto de experiências que contribuíram para constituir o nosso EU, desde a nossa relação com o nosso primeiro objeto de amor - MÃE ou cuidador (a) e toda a nossa vivência bio-psico-social.

Quantas coisas acontecem ao longo da vida de um indivíduo desde a sua concepção?

Como foi encarada a chegada do bebê? Foi desejado? Amado? Como foi o parto? O que aconteceu em sua primeira infância? Doenças, traumas, alegrias? Como foi vivenciada a infância e adolescência? Muitas coisas acontecem, somos seres em contato com outros seres constantemente, lidamos com situações boas e ruins, momentos de prazer e desprazer, construímos valores, crenças, nos deparamos com problemáticas diversas... E tudo vai se ligando...

No processo psicoterápico pouco a pouco, lentamente, com paciência e boa vontade vamos descortinando, podendo compreender que uma atitude de hoje pode ter uma ligação a algo ocorrido muitos anos antes...

Aprendemos a PERCEBER... COMPREENDER... entre tantas outras coisas, porque o processo embora lento e muito doloroso, é mágico, é fundamental para viver melhor e em harmonia com a pessoa que lhe é tão importante: VOCÊ!

Quando aprendemos a nos amar, nos valorizar e nos respeitar, logo poderemos amar, valorizar e respeitar o nosso próximo, e automaticamente o nosso próximo irá ter essas três bases para lidar conosco.

Somos como a borboleta...

E quando nos permitimos ter esse encontro conosco, podemos então dizer:

"Não posso olhar para trás e me queixar. Sobrevivi a tudo e hoje vivo intensamente a descoberta maior do mundo..."

Deise Barreto.

CICLO DE PALESTRAS: CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA


Público Alvo: Professores de Ensino Fundamental e Médio de Escolas Públicas ou Privadas; Alunos de cursos de Licenciatura; Pais e encarregados de Crianças e Adolescentes.

Objetivos: Refletir sobre os aspectos que afetam o desenvolvimento emocional, educacional do Disléxico. Auxiliar a compreender, identificar e minimizar as dificuldades que o Disléxico enfrenta no momento da aprendizagem da leitura e escrita.

Palestra:
Dislexia

A Dislexia é um distúrbio complexo, que tem suas raízes nos mesmos sistemas cerebrais que permitem o homem entender e expressar-se pela linguagem oral e escrita. Aprendizagem da Leitura e Escrita.

•O que é Dislexia?

•Raízes Histórias.

•Aspectos Neurológicos e Psicológicos

•Como o Cérebro Lê?

Data: 02 de Julho de 2011 das 13:00 h às 16:00 h (Domingo)

Local: Rua Marret nº 303, V. Progresso, Guarulhos

Investimento: R$ 50,00

Inscrições: 8261-5473 - Fazer Reservas (Vagas Limitadas)

Palestra:

Mentes Inquietas

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade É a conseguência de uma falha de desenvolvimento no circuito cerebral responsável pela inibição e pelo autocontrole, o que redunda em prejuízos de outras funções cerebrais cruciais para manter a atenção, entre elas a capacidade de adiar a recompensa imediatas para ganhos posteriores maiores.

•Circuitos neurológicos envolvidos no TDAH

•Quadros que mimetizam ou podem estar associados

•Identificação da criança de risco

Data: 09 de Julho de 2011 das 13:00 h às 16:00 h (Domingo)

Local: Rua Marret nº 303, V. Progresso, Guarulhos

Investimento: R$ 50,00

Inscrições: 8261-5473 - Fazer Reservas (Vagas Limitadas)

Palestra:

Distúrbios e Dificuldades de Aprendizagem: Uma questão de Nomenclatura?

Considerando a aprendizagem humana como processamento de informação veremos que os processos “centrais” são modificações e combinações que ocorrem nas estruturas cognitivas.

•O que é Aprendizagem.

•Aspectos Neurológicos e Psicológicos

•O que é o não aprender.

•Distúrbios e Transtornos

Data: 23 de Julho de 2011 das 13:00 h às 16:00 h (Domingo)

Local: Rua Marret nº 303, V. Progresso, Guarulhos

Investimento: R$ 50,00

Inscrições: 8261-5473 - Fazer Reservas (Vagas Limitadas)

Palestra:

Como Identificar distúrbios e patologias nos alunos em sala de aula e ambientes externos?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o grande percentual das incapacidades na vida adulta, em termos profissionais, sociais e pessoais é consequência de pessoas que na juventude apresentavam, algum tipo de distúrbio Neuropsiquiatrico ou Neuropsicológico.

•Transtornos Bipolar

•Depressão

•Esquizofrenia

•Autismo

•Borderlaine

•Transtorno de Conduta

Data: 01 de Agosto de 2011 das 12:00 h às 17:00 h (Domingo)

Local: Rua Marret nº 303, V. Progresso, Guarulhos

Investimento: R$ 100,00

Inscrições: 8261-5473 - Fazer Reservas (Vagas Limitadas)

...

Palestrante: Glória Maria Morello: Psicóloga; Pós Graduada em Psicopedagogia; Especialização em Neuropsicologia; Especialização Psicoterapia Psicodinâmica Winnicottiana; Especialista em Dislexia pela Associação Brasileira de Dislexia – ABD.

terça-feira, junho 14, 2011

“O MEDO NO CORPO: A FOBIA NA CLÍNICA SOCIAL”


convida para Ciclo de Palestras gratuitas 2011

Diálogos para repensar a clínica corporal na atualidade

nas QUARTAS-FEIRAS de cada mês sempre às 20h30min

Local : Rua Jericó, 255 - Vila Madalena – São Paulo

Maiores informações: www.ibpb.com.br
Fone: (11) 3251 2985

Vagas Limitadas

Data: 29 de junho

“ O MEDO NO CORPO: A FOBIA NA CLÍNICA SOCIAL”

Palestrantes:

Léia Cardenuto: Local Trainer e Professora do Instituto de Análise Bioenergética de São Paulo,
Analista reichiana e bioenergética (CBT)

Ricardo Rego: Médico e analista biodinâmico
Diretor do instituto Brasileiro de Psicologia Biodinâmica
Doutor em Psicologia pela USP

Fobia é um quadro psicopatológico que significa medo intenso ou irracional, aversão instintiva ou uma reação mórbida no confronto de alguma coisa.

As fobias estão entre os transtornos mentais mais comuns: estima-se que, de cada 7 adultos, pelo menos um se apresentará como portador de um quadro significativo de fobia.

Apesar disso, é incomum que os fóbicos procurem uma psicoterapia para se tratar, preferindo em geral compor um estilo de vida em que o objeto da fobia seja evitado.

Neste encontro, serão abordadas as contribuições do campo da psicoterapia corporal para a compreensão e tratamento deste problema.

domingo, junho 12, 2011

CICLO DE CINEMA E PSICANÁLISE AMÉRICA LATINA SEM FRONTEIRAS 22 de maio a 16 de outubro de 2011.

Programação

CICLO DE CINEMA E PSICANÁLISE
AMÉRICA LATINA SEM FRONTEIRAS
22 de maio a 16 de outubro de 2011

De maio a outubro, a Cinemateca Brasileira retoma sua programação de encontros entre o cinema e a psicanálise por meio de um novo ciclo de projeções de filmes seguidas de debates com profissionais de grande destaque da arte e da cultura, mediados por psicanalistas.
Em parceria com a Fepal – Federação Latinoamericana de Psicanálise, com apoio da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), do jornal Folha de S. Paulo e da Universidade São Marcos, o evento tem coordenação de Leopold Nosek, presidente da Fepal, e conta em sua comissão organizadora com a participação das psicanalistas Cintia Buschinelli, Magda Khouri e Silvana Rea.
Com sessões realizadas sempre aos domingos, às 18h00, o ciclo se estende até outubro do próximo ano, como preparação para o Congresso Latinoamericano de Psicanálise da Fepal, a ser realizado no segundo semestre de 2012. Por conta disso, os filmes e debates que compõem o ciclo se concentram em questões particulares do imaginário latino-americano.
Neste primeiro semestre, os filmes da programação se agrupam em torno de temas relativos à América Latina e seus conflitos, abordando desde questões políticas e geográficas ligadas às suas fronteiras e revoluções – como em Queimada!, Diários de motocicleta e Bananas – até questões da esfera privada vinculadas à imigração e à constituição dos núcleos familiares, como em Gaijin – os caminhos da liberdade, Tetro, O Ano em que meus pais saíram de férias e 33.
Já os debatedores convidados este semestre incluem, entre outros, os jornalistas Marcelo Coelho e Manuel da Costa Pinto, o ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vanucchi, o jornalista e cientista político André Singer, o cineasta Aurélio Michiles, o historiador Boris Fausto, o Consultor Especial de Arte e Cultura da Japan Foundation, Jo Takahashi, o consultor empresarial Luis Paulo Rosenberg, o designer Ronald Kapaz e a escritora e roteirista Sabina Azuantegui, além de diversos psiquiatras e psicanalistas vinculados à SBPSP.

CINEMATECA BRASILEIRA
Largo Senador Raul Cardoso, 207
próximo ao Metrô Vila Mariana
Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215)
www.cinemateca.gov.br
Ingressos: R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada) – algumas sessões em DVD têm ENTRADA FRANCA, quando indicado.
Atenção: estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha.


PROGRAMAÇÃO – maio a julho:

22.05 | DOMINGO

SALA CINEMATECA BNDES

18h00 QUEIMADA! | DEBATE COM PAULO DE TARSO VANUCCHI, PLÍNIO MONTAGNA E MARIA DORA MOURÃO | MEDIAÇÃO DE LEOPOLD NOSEK


29.05 | DOMINGO

SALA CINEMATECA BNDES

18h00 CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS | DEBATE COM MARCELO COELHO | MEDIAÇÃO DE CÍNTIA BUSCHINELLI


05.06 | DOMINGO

SALA CINEMATECA PETROBRAS

18h00 DIÁRIOS DE MOTOCICLETA | DEBATE COM ANDRE SINGER | MEDIAÇÃO DE MARCIO GIOVANNETTI


12.06 | DOMINGO

SALA CINEMATECA BNDES

18h00 GAIJIN – OS CAMINHOS DA LIBERDADE | DEBATE COM JO TAKAHASHI | MEDIAÇÃO DE EUNICE NISHIKAWA


19.06 | DOMINGO

SALA CINEMATECA PETROBRAS

18h00 BANANAS | DEBATE COM RONALD KAPAZ | MEDIAÇÃO DE ANA MARIA BRIAS SILVEIRA


26.06 | DOMINGO

SALA CINEMATECA BNDES

18h00 O ABRAÇO PARTIDO | DEBATE COM LUIS PAULO ROSENBERG | MEDIAÇÃO DE BERNARDO TANIS


03.07 | DOMINGO

SALA CINEMATECA BNDES

18h00 O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS | DEBATE COM BORIS FAUSTO | MEDIAÇÃO DE MAGDA KHOURI


10.07 | DOMINGO

SALA CINEMATECA BNDES

18h00 AMAZONAS, AMAZONAS | NO RIO DAS AMAZONAS | DEBATE COM AURELIO MICHILIES | MEDIAÇÃO DE IGNÁCIO GERBER


17.07 | DOMINGO

SALA CINEMATECA PETROBRAS

18h00 COMO ÁGUA PARA CHOCOLATE | DEBATE COM ANA ANGÉLICA ALBANO | MEDIAÇÃO DE MARINA RAMALHO MIRANDA


24.07 | DOMINGO

SALA CINEMATECA BNDES

18h00 TETRO | DEBATE COM MANUEL DA COSTA PINTO | MEDIAÇÃO DE ROGERIO NOGUEIRA COELHO DE SOUZA


31.07 | DOMINGO

SALA CINEMATECA BNDES

18h00 33 | DEBATE COM SABINA AZUANTEGUI | MEDIAÇÃO DE SILVANA REA


FICHAS TÉCNICAS E SINOPSES – maio a julho:


O Abraço partido (El Abrazo partido), de Daniel Burman
Argentina/Espanha/França/Itália, 2004, 35mm, cor, 97’ | Legendas em português | Exibição em DVD
Daniel Hendler, Adriana Aizemberg, Sergio Boris, Jorge D'Elía, Atilio Pozzobon, Diego Korol
Ariel é um jovem de vinte e poucos anos, filho de imigrantes judeus, que largou a faculdade e vive à deriva entre a loja de lingerie de sua mãe, em uma galeria de bairro de Buenos Aires, e um ‘cybercafé’ próximo, onde encontra sua namorada. Sua mãe superprotetora e seu irmão mal falam do pai, que partiu nos anos 1970 para Israel, para lutar na guerra do Yom Kippur, e nunca mais voltou. Com a crise econômica instalada na Argentina forçando ao fechamento várias lojas tradicionais no bairro onde vive, Ariel sonha em conseguir a cidadania européia e partir do país em busca de emprego, ao mesmo tempo em que vê crescer seu desejo de conhecer seu pai e descobrir a verdade sobre seu afastamento da família. Vencedor do prêmio de Melhor Ator e do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim.
Classificação indicativa: 14 anos
dom 26.06 18h00

Amazonas, Amazonas, de Glauber Rocha
Bahia, 1966, 35mm, cor, 15’ | Exibição em Beta digital
Documentário de curta-metragem dirigido por encomenda do Governo do Estado do Amazonas pelo cineasta Glauber Rocha, já mundialmente conhecido graças ao sucesso de Deus e o diabo na Terra do Sol. Trata-se de um retrato poético do Estado, que expõe o contraste entre a exuberância da selva, dos rios e das riquezas naturais e o marasmo econômico e o descaso social dos municípios, a natureza da floresta em oposição à urbanização de Manaus. O próprio Glauber Rocha, em seu livro “A Revolução do Cinema Novo”, afirma: "Cheguei no Amazonas com uma idéia preconcebida e descobri que não existia a Amazônia lendária e mágica, a Amazônia dos crocodilos, dos tigres, dos índios etc.".
Classificação indicativa: Livre
dom 10.07 18h00

O Ano em que meus pais saíram de férias, de Cao Hamburger
São Paulo, 2006, 35mm, cor, 110’
Michel Joelsas, Germano Haiut, Caio Blat, Simone Spoladore, Paulo Autran, Daniela Piepszyk
Em 1970, às vésperas da Copa do Mundo, um garoto de 12 anos se muda de Minas Gerais para morar na casa de seu avô, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, depois que seus pais fogem da perseguição pela ditadura militar, dizendo ao garoto que estão apenas saindo de férias. Buscando se adaptar à nova realidade, e vivendo a expectativa por notícias de seus pais, ele desenvolve uma amizade com um vizinho, um velho judeu solitário.
Classificação indicativa: 10 anos
dom 03.07 18h00

Bananas, de Woody Allen
EUA, 1971, 35mm, cor, 82’ | Legendas em português | Exibição em DVD
Woody Allen, Louise Lasser, Carlos Montalbán, Miguel Ángel Suárez, Jack Axelrod
Apaixonado por uma ativista política de esquerda que não corresponde aos seus sentimentos, um desastrado testador de produtos parte rumo à minúscula república de San Marcos para tirar umas férias e encontra um país convulsionado por uma guerra civil. É seqüestrado pelos rebeldes locais e, quando estes chegam ao poder, acaba empossado como Presidente. Torna-se, então, alvo de uma investigação do FBI, que quer levá-lo a julgamento por subversão. Segundo filme dirigido, co-escrito e estrelado por Woody Allen, trata-se de uma sátira aos movimentos revolucionários latino-americanos. Uma curiosidade: Sylvester Stallone, então apenas o “garanhão italiano” faz uma ponta, logo no início do filme, como um marginal no metrô.
Classificação indicativa: 14 anos
dom 19.06 18h00 | ENTRADA FRANCA

Cinema, aspirinas e urubus, de Marcelo Gomes
Pernambuco, 2005, 35mm, cor, 99’
Peter Ketnath, João Miguel, Hermila Guedes, Mano Fialho
Em 1942, no sertão nordestino, dois homens vindos de mundos diferentes se encontram. Um deles é Johann, alemão fugido da 2ª Guerra Mundial, que dirige um caminhão e vende aspirinas pelo interior do país. O outro é Ranulpho, um homem simples que sempre viveu no sertão e que, após ganhar uma carona de Johann, passa a trabalhar para ele como ajudante. Viajando de povoado em povoado, a dupla exibe filmes promocionais sobre o remédio "milagroso" para pessoas que jamais tiveram a oportunidade de ir ao cinema. Aos poucos, surge entre eles uma forte amizade.
Classificação indicativa: 14 anos
dom 29.05 18h00

Como água para chocolate (Como agua para chocolate), de Alfonso Arau
México, 1992, 35mm, cor, 104’ | Legendas em português
Lumi Cavazos, Marco Leonardi, Regina Torné, Ada Carrasco, Claudette Maillé, Rodolfo Arias
Numa fazenda na fronteira com o Texas, durante a Revolução Mexicana do início do Século XX, um camponês revolucionário se apaixona por uma jovem e talentosa cozinheira. No entanto, a mãe da garota se opõe ao romance, por considerar que a filha mais nova deve permanecer solteira para cuidar dela durante a velhice. Para permanecer perto dela, o jovem aceita se casar com a sua irmã mais velha, enquanto sua amada recorre aos pratos que prepara como forma de expressar seus sentimentos. Baseado no romance homônimo de Laura Esquivel, o filme conta com roteiro da própria escritora e foi um dos maiores sucessos de bilheteria da história do cinema latino-americano.
Classificação indicativa: 14 anos
dom 17.07 18h00

Diários de motocicleta (Diarios de motocicleta), de Walter Salles
Argentina/EUA/Chile/Peru/Brasil/Inglaterra/França/Alemanha, 2004, 35mm, cor, 126’ | Legendas em português | Exibição em DVD
Gael García Bernal, Rodrigo de La Serna, Mía Maestro, Gustavo Bueno, Mercedes Morán
Em 1952, Ernesto “Che” Guevara, então um jovem estudante de medicina, junta-se ao amigo Alberto Granado para viajar pela América do Sul em uma velha moto, arranjando caronas e fazendo longas caminhadas. Depois de passar por Machu Pichu, chegam a uma colônia de leprosos na Amazônia Peruana, onde começam a questionar o valor do progresso econômico. Baseada no livro homônimo de memórias do líder da Revolução Cubana, esta foi a primeira produção internacional dirigida por Walter Salles. Vencedor do Oscar de Melhor Canção Original para “Al otro lado del río”, do uruguaio Jorge Drexler.
dom 05.06 18h00 | ENTRADA FRANCA

Gaijin – os caminhos da liberdade, de Tizuka Yamasaki
São Paulo, 1980, 35mm, cor, 105’
Kyoko Tsukamoto, Antônio Fagundes, Jiro Kawarazaki, Gianfrancesco Guarnieri, Clarisse Abujamra, Louise Cardoso, José Dumont
No início do século XX, um grupo de japoneses vem ao Brasil para trabalhar numa fazenda de café em São Paulo. Lá, encontram dificuldades para se adaptar, são tratados com hostilidade, trabalham em regime de semi-escravidão e são roubados pelo empregador. Apenas o contador da fazenda se comove com as injustas condições de vida destes imigrantes e decide ajudá-los. Baseado em fatos reais sobre os imigrantes japoneses que vieram para o Brasil em busca de melhores oportunidades, o filme revelou o talento da diretora Tizuka Yamasaki – ela própria uma descendente de imigrantes japoneses, dona de uma carreira cinematográfica marcada por diversos sucessos de bilheteria.
Classificação indicativa: 14 anos
dom 12.06 18h00

No Rio das Amazonas, de Ricardo Dias
São Paulo, 1995, 35mm, cor, 76’ | Exibição em Beta digital
Documentário que leva o espectador a uma viagem pelo rio Amazonas, de Belém a Manaus, tendo por guia o naturalista Paulo Vanzolini. Concentrando-se em particularidades da ecologia da região, com ênfase no modo de vida das populações ribeirinhas do Baixo Amazonas, o filme foge do lugar comum que é hoje a discussão em torno da grandiosidade da Amazônia brasileira. Participou de diversos festivais internacionais de cinema e, no Brasil, conquistou os prêmios de Melhor Música no Festival de Gramado; Melhor Filme e Melhor Música no Festival de Cuiabá; e Melhor Direção, Melhor Documentário e Melhor Som no Festival de Brasília, além dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Fotografia da Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA.
Classificação indicativa: Livre
dom 10.07 18h00

Queimada!, de Gillo Pontecorvo
Itália/França, 1969, 35mm, cor, 115’ | Legendas em português
Marlon Brando, Renato Salvatori, Evaristo Márquez, Norman Hill, Carlo Palmucci
Em 1845, numa ilha do Caribe batizada Queimada por conta de um episódio do passado, um agente britânico recém-chegado fomenta na população de escravos a idéia da revolução contra os colonizadores portugueses. Ele encontra na figura de um estivador, a quem incita a roubar um banco, a pessoa ideal para ser líder da rebelião. Outro rebelde, funcionário de um hotel de luxo, é levado a assassinar o governador local, facilitando a tomada do poder pelos revolucionários. Uma vez no comando, o novo governo descobre os limites de sua soberania e as verdadeiras intenções do agente britânico. Trilha sonora de Ennio Morricone.
Classificação indicativa: 14 anos
dom 22.05 18h00

Tetro, de Francis Ford Coppola
EUA/Argentina/Espanha/Itália, 2009, 35mm, pb/cor, 127’ | Legendas em português
Vincent Gallo, Alden Ehrenreich, Maribel Verdú, Klaus Maria Brandauer, Carmen Maura, Rodrigo de La Serna
Rapaz norte-americano de 17 anos, que trabalha num cruzeiro marítimo, chega a Buenos Aires na esperança de reencontrar seu irmão mais velho, Tetro, um escritor que fugiu de casa e renegou sua família. O tortuoso reencontro acaba fazendo-os mergulhar no traumático passado familiar, marcado por segredos e pela rivalidade entre Tetro e o pai autoritário, um músico de grande sucesso. Com inúmeras referências autobiográficas, o filme é a segunda produção independente do consagrado cineasta Francis Ford Coppola, que decidiu não mais filmar segundo o esquema dos grandes estúdios.
Classificação indicativa: 12 anos
dom 24.07 18h00

33, de Kiko Goifman
São Paulo, 2003, vídeo digital, pb, 75’ | Exibição em Beta digital
Documentário autobiográfico em que o diretor, no seu aniversário de 33 anos, decide registrar em vídeo sua jornada em busca da mãe biológica que jamais conheceu, ao longo de 33 dias. Lançando mão de procedimentos do cinema “noir”, como a narração “em off” em primeira pessoa, a fotografia em preto e branco e a gravação em ambientes escuros e esfumaçados, o filme aborda o tema como uma investigação policial, que passa por São Paulo e Belo Horizonte, por conversas com parteiras, cartomantes, porteiros, médicos e detetives. Selecionado para importantes festivais internacionais de documentários, incluindo os de Rotterdam, Locarno e Marseille.
Classificação indicativa: 12 anos
dom 31.07 18h00


DEBATEDORES E MEDIADORES – maio a julho:

ANA ANGÉLICA ALBANO é professora e pesquisadora do Grupo Laborarte – Laboratório de Estudos sobre Arte, Corpo e Educação, da Faculdade de Educação da UNICAMP desde 1997. Doutora em Psicologia Social pela USP e licenciada em Artes Visuais pela FAAP. Implantou e coordenou projetos sociais de iniciação artística nas Prefeituras de São Paulo, Santo André e Diadema de 1983 a 1997. Publicou vários artigos e livros, como Espaço do desenho: a educação do educador, entre outros.
dom 17.07 18h00

ANA MARIA BRIAS SILVEIRA é psicanalista, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
dom 19.06 18h00

ANDRÉ SINGER é jornalista e cientista político. Foi editor de Política e secretário de Redação da Folha de S. Paulo, porta-voz e secretário de imprensa da Presidência da República (2003-2006). É professor do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo. Autor de Esquerda e direita no eleitorado brasileiro e O PT.
dom 05.06 18h00

AURÉLIO MICHILES é diretor de cinema, televisão e teatro, tendo dirigido diversos documentários para a TV Cultura e o longa-metragem O Cineasta da Selva, premiado em diversos festivais nacionais e internacionais. Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura da Universidade de Brasília e Artes Cênicas na Escola de Artes Visuais, no Parque Lage.
dom 10.07 18h00

BERNARDO TANIS é psicanalista, Doutor em Psicologia Clínica pela PUC-SP, membro efetivo e docente da SBP-SP e editor da Revista Brasileira de Psicanálise. Publicou os livros Memória e temporalidade: sobre o infantil na psicanálise, Circuitos da solidão: entre a clínica e a cultura e, como co-organizador, com Magda Khouri, Psicanálise nas tramas da cidade.
dom 26.06 18h00

BORIS FAUSTO é Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo, Licenciado em História, Doutor em História e Livre-Docente, também pela USP. Lecionou em inúmeras universidades no Brasil e no exterior, incluindo PUC-SP, UNICAMP, FFLCH-USP, Brown University e Universidad Nacional de Mar del Plata. Publicou, dentre muitos outros, História do Brasil, A Revolução de 1930: historiografia e história, Getúlio Vargas: o poder e o sorriso e Memórias de um historiador de domingo.
dom 03.07 18h00

CÍNTIA BUSCHINELLI é psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e foi editora da Revista Ide durante o biênio 2009-2010.
dom 29.05 18h00

EUNICE NISHIKAWA é médica e psiquiatra formada pela Universidade Federal de São Paulo, psicanalista e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
dom 12.06 18h00

IGNÁCIO GERBER é psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
dom 10.07 18h00

JO TAKAHASHI é Consultor Especial de Arte e Cultura da Japan Foundation, onde atua desde 1984, e Diretor Executivo da Dô Cultural, produtora de arte especializada na conexão Brasil-Japão. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie, fez pós-graduação no Japão.
dom 12.06 18h00

LEOPOLD NOSEK é psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, presidente da Federação Latinoamericana de Psicanálise, vice-presidente da Sociedade Amigos da Cinemateca e coordenador do CICLO DE CINEMA E PSICANÁLISE – AMÉRICA LATINA SEM FRONTEIRAS.
dom 22.05 18h00

LUIS PAULO ROSENBERG é consultor empresarial e Vice-Presidente de Marketing do Sport Club Corinthians Paulista. Bacharel em Economia pela USP, Mestre e PhD em Economia pela Vanderbilt University at Nashville, Tennessee (EUA). Ex-Professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e da Universidade de Brasília, foi também Assessor Econômico do Presidente da República José Sarney, Vice-Presidente da holding do Grupo Sharp e membro do Conselho Consultivo da Nestlé do Brasil.
dom 26.06 18h00

MAGDA KHOURI é psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Foi Diretora de Cultura e Comunidade da SBPSP entre 2007 e 2010 e co-organizadora, com Bernardo Tanis, do livro A Psicanálise nas tramas da cidade.
dom 03.07 18h00

MANUEL DA COSTA PINTO é Mestre em Teoria Literária pela USP, jornalista, editor do programa Entrelinhas, da TV Cultura, e colunista da revista sãopaulo, da Folha de S.Paulo. Publicou, entre outros, Antologia comentada da poesia brasileira do Século 21, Literatura brasileira hoje, Albert Camus – um elogio do ensaio e, como organizador e tradutor, A Inteligência e o cadafalso e outros e ensaios, de Albert Camus.
dom 24.07 18h00

MARCELO COELHO é formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e escreve semanalmente no caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo desde 1990. Publicou em 2010 seu terceiro livro de ficção, Patópolis.
dom 29.05 18h00

MARCIO GIOVANNETTI é psiquiatra e psicanalista, membro efetivo e Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
dom 05.06 18h00

MARIA DORA MOURÃO é professora e Vice-Diretora da Escola de Comunicações e Artes da USP, Presidente da Sociedade Amigos da Cinemateca, Vice-Presidente do Centre International de Liaison des Écoles de Cinéma et Télévision e Presidente da SOCINE – Sociedade Brasileira de estudos de Cinema e Audiovisual. Organizou, junto com Amir Labaki, o livro O Cinema do real.
dom 22.05 18h00

MARINA RAMALHO MIRANDA é psicanalista, membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, Mestre e Doutora pelo Núcleo de Psicanálise da PUC-SP, Especialista e Supervisora em Psicologia Clínica pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Especialista em Saúde Mental pela Faculdade de Saúde Pública da USP.
dom 17.07 18h00

PAULO DE TARSO VANUCCHI é jornalista e cientista político. Foi ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos durante o governo Lula (2006-2010).
dom 22.05 18h00

PLÍNIO MONTAGNA é Mestre em Psiquiatria, ex-professor assistente da Faculdade de Medicina da USP, Analista Didata e Presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo desde 2008.
dom 22.05 18h00

ROGÉRIO NOGUEIRA COELHO DE SOUZA é médico psiquiatra, formado pela Escola Paulista de Medicina, graduado em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e membro filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
dom 24.07 18h00

RONALD KAPAZ é designer gráfico. Sócio Titular, Head Designer e Diretor de Estratégia da Oz Design, que tem hoje 30 anos de mercado. Graduado em arquitetura pela Universidade de São Paulo.
dom 19.06 18h00

SABINA AZUANTEGUI é escritora e roteirista. Autora dos romances Calcinha no varal e O Afeto ou Caderno sobre a mesa. Roteirizou os filmes Como esquecer, A Casa de Alice, Garoto Cósmico e Desmundo, entre outros.
dom 31.07 18h00

SILVANA REA é bacharel em cinema pela Fundação Armando Álvares Penteado, psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e Mestre e Doutora em Psicologia Social pela USP.
dom 31.07 18h00