quinta-feira, abril 16, 2015

Sem filhos por opção

Tudo que foge ao padrão estabelecido pela sociedade causa estranheza.
Tanto é que um jovem casal sempre vai ser questionado: Quando vêm os filhos?
Isso mesmo a pergunta geralmente é feita no plural.
Mas se a resposta for: Não queremos filhos! Não teremos filhos!
Vem o olhar de surpresa com perguntas ou argumentos com intuito de fazê-los mudarem de ideia!

- Vocês não podem?! Adota!
- Ah, já sei, não quer estragar o corpo, adota! Tantas crianças esperam por um lar cheio de amor...
- Vocês vão se arrepender quando ficarem velhos! Quem vai cuidar de vocês?
- Não acredito! Você amam crianças! Um lar sem crianças não tem alegria!

A sociedade cobra constantemente das pessoas que entrem nas estatísticas e falta compreensão por parte de uma maioria quando alguém foge à regra.

Se um casal em comum acordo opta por não ter filho, não quer biológico, nem adotado. Uma mulher que não tem o desejo de ser mãe não o terá porque está pensando no corpo, pois a maioria sabe que a gravidez não lhe trará prejuízos para o físico, exceto se houver um descuido que pode acarretar danos se tornando ou não mãe. Filhos também não é garantia de ter cuidadores na velhice, filhos são para o mundo, e sendo criados num lar com amor terá melhor base para viver com autonomia na vida adulta, e apesar dos laços afetivos terão vida própria que nem sempre será perto dos pais. E quanto a amar crianças, o fato de não querer filhos, nada tem a ver com falta de sentimentos. São escolhas!

O casal... Podem ser pessoas muito afetuosas, mas não veem espaço na vida deles para crianças, curtem os filhos dos familiares, amigos, levam para passear, brincam, dão amor, mas não querem esse tipo de responsabilidade para eles, prezam pela liberdade, individualidade entre outras coisas. Cada casal terá sua opinião frente à escolha de não terem filhos e cabe a sociedade respeitar.

Crianças precisam de lares e pais dispostos a recebê-los com amor, maturidade, dedicar tempo com qualidade, preparar indivíduos para o mundo, administrar tempo, adequar rotina, carreira para que o filho possa ser amado, criado e educado pelos pais, não por terceiros durante 24h.

Atualmente é comum dentro e fora do consultório lidar com pessoas em conflitos, pois sentem a pressão da sociedade com cobranças, o relógio biológico lembrando e a dúvida, quero ter um filho ou preciso ter um filho?

Existe uma grande diferença entre querer ser mãe e pai porque desejam construir uma família, preparar um pequeno ser para o mundo, poder viver um amor incondicional mesmo sabendo que muitas coisas mudarão após a chegada de um filho, mas estarem dispostos a enfrentarem todas mudanças e se adaptarem às mesmas ou ter um filho porque a família cobra, porque os amigos todos são pais ou estão se tornando, o assunto entre a turma é somente este, porque faz parte dos ciclos, e terão avós apaixonados para cuidarem, e terceirizar a criação não será problema.

Ter um filho é uma decisão muito séria. Quem não quer pontua todas as vantagens e quem quer ou tem também descrevem as renúncias e os ganhos, sobretudo o amor incondicional.

O importante e fundamental é a decisão independente de qual, partir do comum acordo.

Se o casamento não está bem, serão filhos que vão melhorar o quadro?
Filhos também não é garantia de casamento feliz e duradouro.
Muitos conflitos e conteúdos íntimos não elaborados precisam ser tratados antes de ter um pequeno ser dependente de ti. Porque o emocional em muito influenciará na constituição do sujeito.

A atualidade com toda modernidade nos permite obter esclarecimentos sobre tudo e o respeito pelo próximo é fundamental, portanto a sociedade hoje é construída com personalidades distintas, e os sem filhos por opção também são felizes.

E você? É feliz com a sua escolha?

Se a resposta é sim. Que bom!

Se for não ou há conflitos sobre as escolhas que precisam ser feitas. Que tal buscar ajuda!?

Por Psicóloga Deise Barreto

#consulteumpsicólogo

Nenhum comentário:

Postar um comentário